A Capela da Légua tem como orago Nossa Senhora da Luz. Reconstruída certamente no local do da primitiva pequena Capela de 1723, o atual edifício data de 1866, como inscrito na empena recortada da porta, com aumento de torre sineira à direita em 1937, e atual ampliação e requalificação em 1967. D primitivo património subsistem as imagens de barrista regionais de Nossa Senhora da Luz e Santo António de Lisboa, setecentistas. Registam-se como tradição religiosa do lugar da Légua a realização do Cortejo Anual das Pastoras juntando os habitantes dos lugares da Légua e da Presa em torno da Capela da Nossa Senhora da Luz, sendo leiloadas as oferendas para efeitos dos benefícios do local religioso. Tem a sua festa de Nossa Senhora da Luz no terceiro domingo de setembro, referência religiosa do povo desta comunidade, com alegria dos locais e empenho da Irmandade de Nossa Senhora da Luz da Légua que participa e organiza a procissão, digno ato público de Fé.
Cronologia:
Virgem da Conceição do lugar da Légua hoje dita de Nossa senhora da Luz século XVIII, barro policromado |
1758-00-00 Descrita nas informações paroquiais dadas pelo prior de São Salvador de Ílhavo João Martins dos Santos da seguinte forma: "Légua: em muito pouca distancia acima de Cimo de Vila fica o lugar da Légua aonde o mais notável que há é a boa casa de campo do sargento mor Luis Dias Aveiro, natural do mesmo lugar, o qual depois de haver peregrinado pela Ásia e América, estabelecendo casa e casando nesta Comarca do Rio das Mortes da Vila de São João d'El Rei; Em cumprimento dizem de certo voto se transportou para a Pátria, e nela edificou casas muito bastantes, e contigua a elas uma capela de Nossa Senhora da Conceição, comporta principal para a rua e estrada pública e travessa para o interior das casas donde pode ouvir missa quotidiana, e comprando fazendas que formam uma boa quinta para ficar, tendo um capelão gratuito."
1967-11-05 Inauguração, bênção e sagração de altar das obras de beneficiação da nova Capela da Légua presidida pelo Sr. Bispo de Aveiro, obras promovidas pelo povo e entusiasmo do capelão Pe. Joaquim Vaz Redondo.
Capela da Légua, xilogravura, 1925 de João Carlos Celestino Gomes in jornal Beira-Mar |
Hugo Cálão