sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Párocos de Ílhavo: Pe. João Martins dos Santos 1755-1802

O Pe. João Martins dos Santos nasceu na freguesia de Santo André de Ardãos, filho de Pedro Gonçalves, lavrador e de Isabel Martins naturais da mesma freguesia, neto paterno de Frutuoso Gonçalves o Tavarelo de alcunha, natural de Pedraria, freguesia de Serraquinhos em Montalegre e de Joana Gonçalves e materno de Miguel Martins o Arado, lavrador e de Isabel Preta da freguesia de Ardãos. Seu irmão António Martins dos Santos e tio paterno Domingos Gonçalves dos Santos foram familiares do Santo Ofício.

Foi prior da freguesia de São Salvador de Ílhavo desde 17 de Junho de 1755, por dada carta e apresentada por El-Rei D José, priorado que vagara por falecimento do prior Francisco de Almada Galafura, sendo o segundo prior provido por sua Majestade. Deu a célebre informação paroquial sobre a freguesia de Ílhavo - Sua Luce Jesu duce: Descripção da Villa de Ílhavo em 1758, acompanhando as obras de ampliação da Matriz de Ílhavo. Foi comissário do Santo Ofício por provisão de 16 de Dezembro de 1771. A 30 de Agosto de 1800, compadecido pela miséria dos seus paroquianos, pede licença e confirmação ao Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço para fundar à sua custa um hospital em Ílhavo. Faleceu em 1802.

Párocos de Ílhavo: Pe. Luís de Almada 1708

O Pe. Luís de Almada era filho bastardo do donatário da Vila de Ílhavo, D. Cristóvão de Almada e de D. Maria Rolim, irmã de Francisco Barques Rolim, cavaleiro da Ordem de Cristo, filhos de João Barques Rolim e de Maria da Mota. Estudou em Coimbra e, depois de formado, foi clérigo e abade da Igreja de Alfandega da Fé, do padroado Real. Mais tarde paroquiou a Igreja de São Miguel de Oliveira do Bairro, também do padroado real, donde passou a prior da Igreja de São Salvador de Ílhavo, igreja de grande renda, padroado da casa de seu pai. Renunciou mais tarde, tirando uma pensão de 2500 cruzados cada ano, tendo outros benefícios eclesiásticos. Foi deão da Capela Real e Deputado do Santo Ofício de Lisboa, por provisão de 23 de Fevereiro de 1708. A 15 de Julho de 1709, foi nomeado prior-mor de Aviz e tomou o hábito na Igreja da Encarnação dos religiosos da mesma Ordem a 22 de Junho do ano seguinte, lançado pelo prior da dita Igreja, Frei João Barracho. Morreu em Lisboa a 8 de Abril de 1720.


notas: História Genealógica da Casa real Portuguesa, XI, 19, p.252.