segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas da Freguesia de São Salvador de Ílhavo

   A Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas de São Salvador e Ílhavo, é uma das mais antigas corporações da cidade e que se encontra ainda no activo na Paróquia de São Salvador de Ílhavo.
   De antiquíssima fundação, a sua acção existe documentada desde o século XVII.
Como salvaguarda da sua memória e acção, o seu fundo documental, incoorporado no Arquivo da Paróquia de Ílhavo compreende o seguinte:


Inventário do Arquivo da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas da Paróquia de São Salvador de Ílhavo

SC: Constituição e Regulamentação

  SR: Estatutos e Compromissos

·  Estatutos da Irmandade do & Sacramento & e Almas Ílhavo, 1843-1845  
Livro manuscrito encadernado a pele 38x24 cm

“Originaes estatutos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas, erecta na Igreja Paroquial de São Salvador da Freguesia e Villa de Ílhavo: precedidos do Alvará Régio de dezoito de Fevereiro de 1845, pelo qual forão approvados e confirmados – Foi instalada a dita Irmandade n’esta vila de Ílhavo aos 8 de Dezembro 1845.”; Alvará Régio de 18 Fevereiro 1845; Assinatura de Estatutos de 3 Setembro 1843; Auto de Posse de 8 Dezembro 1845.


SC: Gestão Administrativa

  SR: Actas

·        Livro para as Actas das elleições e mais reuniões da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas da Freguesia de São Salvador de Ílhavo, 1845-1871
Livro manuscrito encadernado a cartão e papel azul 32x22 cm; 142 folhas de papel numeradas e assinadas

Termo de abertura: “Serve este livro para as actas das elleições e mais reuniões da Irmandade do Santíssimo sacramento e Almas desta Freguesia de S. Salvador da Villa de Ílhavo, o qual vai numerado e rubricado pelo Juiz da mesma Irmandade o Doutor José António Pereira Bilhano, e para constar fiz este termo que assigno com o dito Juiz aos 10 dias do mês de Dezembro de 1845, eu Francisco Cardozo Figueira secretário da meza da Irmandade o escrevi e assignei.” Inicia as actas a 11 Janeiro 1846 e termina a 23 Abril 1871.

·        Livro de Actas das sessões da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas da Freguesia de São Salvador única n’este Concelho, erecta na respectiva Igreja Matriz, 1871-1889
Livro manuscrito encadernado a cartão e couro (em falta uma das capas); 48 folhas de papel numeradas e assinadas

Termo de abertura: “Hade servir este livro para as actas das sessões da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas, para o numerar e assinar dou ao escrivão de meu cargo Francisco da Silva Carvão quer no fim para o competente termo de encerramento a administração do Concelho de Ílhavo em 5 de Junho 1871. O administrador do Concelho=Manuel Mendonça.”. Inicia actas em 6 de Junho 1871 e termina em 5 de Abril 1889.

·        Livro de Actas das sessões da meza gerente da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas desta Freguesia e Concelho de Ílhavo, 1889-1917
Livro manuscrito não encadernado (capas em falta) 32x22 cm; 48 folhas de papel assinadas e numeradas

Termo de abertura: “Há-de servir este livro para se lavrarem as actas das sessões da meza gerente da Irmandade do S.S. e Almas. Vá ao sello para depois ser numerado e rubricado por mim. Administração do Concelho de Ílhavo, 16 d’Abril de 1889. O administrador do Concelho Francisco António Marques de Moura”. Inicia a 16 de Abril de 1889 e termina em 28 de Outubro 1917. (nota: na pág. 19 existe um lapso de anos entre 1894 e 1909)

·        Livro das Actas das sessões e deliberações da Irmandade do S.S. e Almas de Ílhavo, 1902-1909
Livro manuscrito encadernado a papel lilás e etiqueta verde 29,5x20,5 cm; 30 folhas numeradas e rubricadas

Termo de abertura: “Hade servir este livro para as actas das sessões da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas d’esta Freguesia de Ílhavo. Vá ao sello para depois ser numerado e rubricado pelo secretário d’esta administração a quem para isso dou poderes, bem como para assinar o termo de encerramento. O administrador do Concelho de Ílhavo, 30 de Abril de 1902, Pereira Pinto Balsemão.”. Inicia actas a 1 de Junho 1902 e termina a 13 de Janeiro 1909.

·        Livro das Actas das sessões da Irmandade do S.S. e Almas de Ílhavo, 1917-1941
Livro manuscrito encadernado a cartão lilás e tecido 32x22 cm; 48 folhas de papel assinadas e numeradas

Termo de abertura: “Hade servir este livro para se escreverem as actas das sessões da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas da Paróquia de Ílhavo, d’este concelho. Vá ao sello para depois ser numerado e rubricado pelo secretário desta administração a quem para isso dou comissão. O Administrador do Concelho José Cândido Celestino Pereira Gomes. Agosto de 1917”. Inicia actas a 9 de Dezembro 1917 e termina em 31 de Dezembro 1941.

SC: Gestão Financeira

  SR: Receita e Despesa

·        Livro das dívidas activas da Irmandade do S.S. e Almas da Freguesia de Ílhavo, conforme as relações que são dadas no fim de cada ano, 1896-1904
Livro manuscrito encadernado a papel pintado de azul claro 33x22,5 cm; 30 folhas numeradas e assinadas

“Hade servir este livro para n’elle se escrever o relaxe das dívidas activas da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas d’esta Freguesia, que tiver de ser enviado ao Governador Civil d’Aveiro, pela gerência de cada ano, com indicação do nome dos devedores e da proveniência das dívidas, o qual vae por mim assinado com o meu appelido que diz=Carolla, de que uso e numerado em todas as folhas, na qualidade de actual Juiz da Irmandade, Ílhavo 2 de Setembro 1897”. Inicia a 30 Junho 1896 e termina em 30 Junho 1904.

·        Livro de contas da Confraria do Santíssimo Sacramento e Almas de Ílhavo, 1881-1894
Livro manuscrito encadernado em tecido azul e cartão 33x22,5 cm; 48 folhas numeradas e rubricadas

“Hade servir este livro para n’elle se lançarem as contas da Irmandade do S. Sacramento e Almas, erecta nesta vila, o qual vai numerado e rubricado com o meu appelido de =Couceiro da Costa, de que uso, e leva no fim o competente encerramento. Ílhavo, administração do Concelho em 30 de Junho de 1881. E eu Manuel da Maia Mendonça escrivão que o escrevi. O administrador do Concelho. Jorge Couceiro da Costa.”. Inicia no ano de 1880/1881 e termina no ano de 1893/1894.

·        Livro de caixa e de inscrição dos foreiros e arrendatários da Irmandade do S.S. e Almas de Ílhavo, 1897
Livro manuscrito encadernado a cartão e couro 33x24 cm; 49 folhas de papel assinadas e numeradas

“Hade servir este livro para a inscripção dos foreiros da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas d’esta Freguesia de Sam Salvador d’Ílhavo, e da arrecadação dos foros respectivos com a designação dos anos em que vão vencendo; o qual vae numerado e rubricado com o meu apelido de que uso, Ìlhavo 24 de Junho de 1897. o Juiz da Irmandade João da Rocha Carolla.”. Inicia receita a 1897 e paga até 1909. (nota: no final existe certidão de foros tirada do inventário feito em 1915 pelo Juiz Manuel Procópio de Carvalho)

·        Livro das contas finais e transcrição do acordão que as aprovou, artº 27, nº7 dos estatutos da Irmandade do S.S. e Almas de Ílhavo, 1926-1939
Livro manuscrito encadernado a tecido verde e couro 33x22,5 cm; 48 folhas de papel rubricadas e numeradas

“Hade servir este livro para as contas finais e transcrição do acordão que as aprovou (art.º27, nº7 dos estatutos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas) e vai em todas as folhas numerado e rubricado com a minha rubrica que diz = Teiga, Ílhavo, 1 de Janeiro de 1929.” Inicia no ano 1926/1927 e termina em 1939.

·  Livro das contas finais e transcrição dos orçamentos e suas aprovações da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas, 1940-1950
Livro manuscrito encadernado a papel azul-escuro e cartão 33x23 cm; 50 folhas de papel assinadas e numeradas

“Hade servir este livro para no mesmo serem transcritos os orçamentos e as contas finais da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas desta Freguesia e Concelho de Ílhavo o qual vae com todas as folhas numeradas e rubricadas com a minha rubrica de = Teiga = da qual faço uso Ílhavo 15 de Janeiro 1940”. Inicia no ano 1940/1941 e termina no ano 1950.


SC: Gestão de Pessoal

  SR: Registo de irmãos

·        Livro dos irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas da Freguesia São Salvador de Ílhavo, 1845-1883
Livro manuscrito encadernado a cartão e couro 31x21,5 cm; 48 folhas de papel numeradas e assinadas

Termo de abertura: “Serve este livro para n’elle se inscrever os nomes dos actuais irmãos da Irmandade do S. S. e Almas da Freguesia de Ílhavo; e os que de fucturo entrarem do sexo masculino; e para servir de livro de cobranças dos assinantes; está numerado e rubricado com a rubrica do Juiz da Irmandade que diz = Mendonça; eu José Moreira Barreirinho secretário da Irmandade que a fiz i assinei aos 14 de Abril 1856.” Inicia entrada de irmão a 31 Dezembro 1845 e termina a 11 Fevereiro 1883.

·        Livro para os termos de admissão e inscrição dos novos irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas desta Freguesia de Sam Salvador de Ílhavo, 1872-1905
Livro manuscrito encadernado a cartão e couro 29,5x23 cm; 21 folhas de papel numeradas e assinadas

Termo de abertura: “Hade servir este livro para nelle se lançarem os termos de admissão e responsabilidade dos novos irmãos para a Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas desta Freguesia de Sam Salvador d’Ílhavo, o qual vai numerado e rubricado com o meu sobrenome de = Chuva= Ílhavo 26 de Maio 1872. O juiz da Irmandade, José Simões Chuva”. Inicia em 27 Maio 1872 e termina em 15 de Maio 1905.

·        Livro de irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas de Ílhavo, 1901-1922
Livro manuscrito encadernado em tecido cinzento e cartão 31,5x22 cm; 150 folhas de papel

“Hade servir este livro para n’elle se lançarem os nomes de todos os irmãos de ambos os sexos pertencentes à Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas d’esta Freguesia de S. Salvador d’Ílhavo, o qual vae numerado e rubricado em todas as suas folhas pelo actual Juiz da mesma Irmandade , com a sua rubrica que diz =Solha= e leva no fim o respectivo termo de encerramento. Ílhavo 25 de Julho de 1901.O Juiz da Irmandade José Pereira Solha.” Inicia pagamentos de cotas em 1899 e termina pagamentos em 1922. (nota: folhas em falta desde a nº 61)


SC: Gestão Patrimonial

  SR: Registo de Bens Imóveis

·        Escritura de fôro de Domingos André, Novembro de 1711,
Documento manuscrito não encadernado 31x22 cm; 8 folhas de papel (mau estado de conservação)

“Nº 39 Aforamento, que fez Domingos André, e sua mulher Izabel Nunes de Cimo de Vila, à Confraria do Santíssimo Sacramento e Almas de 500 reis annuaes, impostos n’uma terra sita no Bolho, que confronta entre outras com uma terra da confraria paga em dia de S. Miguel. Feita em Novembro de 1711. Ass. Escrivão, António da Silva Medela”

·        Sentença cível de adjudicação de bens à Confraria do Santíssimo Sacramento da Villa de Ílhavo deixada pelo defunto António Nunes do Couto de Alqueidão da Freguesia da mesma Vila, 25 de Setembro de 1779
Documento manuscrito não encadernado  32x22,8 cm; 8 folhas de papel (mau estado de conservação)

“Aforamento e legado de duas leiras de terra, uma dita nos Outeiros, que leva de semeadura alqueire e meio, e outra nas cães, que leva seis alqueires, e ambas estas confrontadas”

·        Sentença de arrematação pela qual João Lucas Ferreira Félix (hoje seus herdeiros), pagam a esta Confraria fôro anual de 10.000 reis, 24 de Dezembro de 1810
Documento manuscrito não encadernado 30,5x21 cm; 23 folhas de papel (mau estado de conservação)

“Aforamento de três vidas de uma terra na Chosa Nova e Corgo de Ílhavo à Confraria do S. S. e Almas. Ass. Francisco José de Pinho Ravara.”
Traslado de Provisão de D. José I de 1771, Fevereiro 11 de sequestro de bens das Confrarias, e provisão de D. Maria I de 1794, Setembro 22 com relação de propriedades da Confraria do Senhor Jesus, Senhora do Rosário, São Sebastião e Santíssimo Sacramento.
·        Carta de sentença cível de aforamento de uma terra sita na Chosa Nova, pela qual João dos Santos Patoilo paga a esta Confraria do Santíssimo Sacramento da Freg. de Ílhavo 1.700 reis de impostos, 19 de Dezembro de 1815
Documento manuscrito não encadernado 30,5x21,5 cm; 15 folhas de papel (mau estado de conservação)

·        Requerimento dos mordomos da Confraria do Santíssimo Sacramento e Almas para venda de um fôro de terra na Pecheleira, 1826
Documento manuscrito não encadernado 32x22,5 cm

Decisão de venda de 10 Dezembro 1825; Venda de 16 Fevereiro 1826; Pagamento da venda de 4 Novembro 1826.
·        Escritura do fôro de 3$000 reis da Marinha da Remelha, 9 de Março de 1851
Documento manuscrito não encadernado 21,5x30 cm; 5 folhas de papel (muito deteriorado)

“Escritura de reconhecimento de fôro, que fez D. Maria Benedicta de Souza Guevedo Pizarro, da quantia de três mil reis impostos na Marinha da Remelha, dez meios pagos em dia de Natal de cada ano, feita a 9 de Março de 1851. Declaro ser a Exma. Srª Baroneza de Almeidinha a reconhecente: nota do tabelião: José Vicente Soares.”
·        Escritura de fôro do Cavaz, 15 de Maio de 1903
Documento manuscrito não encadernado 30,5x20,4 cm; 2 folhas de papel azul (mtº mau estado de conservação)

“Aforamento a favor da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas de uma terra lavradia com suas pertenças, sita no local chamado a Santa Maria, na Villa e Freguesia de São Salvador de Ílhavo.”

·        Escritura de fôro de Manuel Francisco Marieiro, 15 de Maio de 1903
Documento manuscrito não encadernado 30,5x20,4 cm; 2 folhas de papel azul (mtº mau estado de conservação)

“Fôro de uma terra lavradia com suas pertenças, sita no Arieiro da Coitada, limite da Villa de São Salvador de Ílhavo, à Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas desta Freguesia.”

·        Escritura de fôro de João Bento Ferreira da Costa e Manuel Simões Picado, o Bravo, de uma terra de lavoura no lugar do Corgo Comum no local denominado o Cabecinho, limite da Freguesia de São Salvador de Ílhavo à Confraria do S. Sacramento da mesma, 14 de Junho de 1903
Documento manuscrito não encadernado 30,5x20,4; 2 folhas de papel azul (muito deteriorado)

                                                                                             
  SR: Registo de Bens Móveis

·        Livro de inventário da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas da Freguesia de Ílhavo, 1911
Livro manuscrito em papel azul claro não encadernado 33x21,5 cm; 44 folhas de papel rubricadas e numeradas (algumas em falta)

“Hade servir este livro para o registo de todos os bens móveis e mais haveres pertencentes à Irmandade do S. S. e Almas, da Freguesia de Ílhavo. Ílhavo 15 de Maio de 1911. O Juiz da Irmandade Manuel Procópio de Carvalho.”

17 de Julho de 2006
Hugo Cálão

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Arquivo documental da Paróquia de São Salvador de Ílhavo

Documentos, informações, registos, memórias.

   O património material da Paróquia é indissociável do seu património imaterial, assim como das vivências e devoções da cidade.

   Neste contexto, o do património imaterial, incluem-se as valências paroquiais, e nestas, os recursos humanos que, ao longo dos anos, foram registando em suportes materiais (em livros de actas, apontamentos escritos, registos administrativos, documentos de aquisição, imagens fotográficas), as vontades e memórias da nossa comunidade cristã.

   Ao longo de muitos anos, várias entidades, públicas ou privadas, têm desenvolvido as suas actividades em prol de um determinado fim, procurando contribuir para o desenvolvimento do meio onde se inserem.

   Essas entidades, quer tenham cariz económico, político religioso ou social, prosseguem a sua missão, deixando, no desenrolar das suas acções e com o passar do tempo, vários documentos, registos, notas informativas ou imagens sobre o que foi o seu papel no contexto local do qual fazem parte. O conjunto desses documentos é o arquivo dessa instituição, reflexo das suas actividades e funções, espelho da sua missão.

   Os arquivos, surgindo como registo de memória dessas instituições, são, consequentemente parte integrante e essencial da história do seu concelho. O que se entende como memória colectiva do concelho é o conjunto de várias “histórias” que não são só as deixadas pelas instituições públicas ou estatais.

   Dela fazem parte também instituições “nascidas” de iniciativas particulares mas essenciais para uma percepção geral do concelho no qual se inserem. No entanto, os arquivos destas instituições constituem espólios normalmente voláteis, sujeitos a várias mudanças no contexto interno (instalações precárias, mudanças de direcção e gestão) ou contexto externo (evolução histórica, política e social).

   De facto, muitas vezes, o descuido dos homens ou a degradação natural de documentos antigos sem que haja preocupações de conservação, leva a uma perda irreparável da documentação e consequentemente de informação e conhecimentos insubstituíveis sobre a história local e da nossa memória colectiva.

   Foi o que aconteceu com a documentação histórica da Paróquia de São Salvador de Ílhavo. Esta instituição, fundada com oito séculos comprovados de registos documentais perdeu muita documentação da data da sua fundação.
   Contudo do que sobreviveu até hoje, iniciando-se os trabalhos de inventário da Paróquia, deu-se início também à organização e recolha dos vários documentos dispersos, alguns em posse de privados, agrupando-os e constituindo um fundo de Arquivo Histórico Paroquial. A documentação foi organizada de acordo com um critério orgânico-funcional, separada e relacionada pelos vários organismos paroquiais, correspondendo as espécies documentais mais significativas aos livros de actas Junta da Paróquia de São Salvador, tombos e documentos da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas, tombos de Rol de Confessados da Freguesia de São Salvador de Ílhavo, livros das Conferências de São Vicente de Paulo da Paróquia e alguns livros de actas das restantes Irmandades e Confrarias.

   O fundo respeitante à Irmandade do Santíssimo Sacramento e Almas de Ílhavo regista espécies documentais sobre foros de propriedades desde 1711. Este é o fundo documental mais antigo e mais completo que a Paróquia de Ílhavo conserva, documentação com mais de 150 anos, estando hoje os responsáveis pela instituição conscientes da importância deste fundo documental para o conhecimento da história local.

   Além destes registos de gestão de propriedades e foros muitos outros deveriam existir mas, com o desaparecimento de um primitivo Tombo das Irmandades do Senhor Jesus, das Almas, de São Sebastião e de Nossa Senhora do Rosário, entre 1920 e 1940, não poderemos precisar quantos. Contudo, existem dois arrolamentos de treslado respeitantes a esta informação, um datado de 14 de Novembro de 1810, e outro de Janeiro de 1941, onde se referem parte das propriedades e aforamentos das restantes quatro Irmandades, recuperando-se parte da informação perdida.

   Cremos que, de entre as instituições de Ílhavo, como a Misericórdia, Câmara Municipal e algumas Juntas de Freguesia, a Paróquia de São Salvador é aquela que possui documentação que melhor reconstitui a genealogia e vivência da Freguesia na segunda metade do século XIX, ainda em regular estado de conservação.

   Muitos desses documentos, produzidos na altura com o objectivo de registar funções e actividades diárias, são hoje uma fonte essencial de dados históricos não só sobre a Paróquia mas também sobre o modo de vida, hábitos e costumes daquela época.
   É o caso dos dois livros de “Actas da Junta de Paróquia de São Salvador de Ílhavo”, um desde Abril de 1865 a Dezembro de 1876, presidindo o Arcebispo Pereira Bilhano e o Prior João André Dias, e outro livro de Maio de 1887 a Abril de 1910, presidindo o Prior Thomé Antunes e o Prior Manuel Branco Lemos, e onde ficavam registadas as sessões da Junta e as mais variadas informações sobre educação, gestão de imóveis, festas religiosas, problemas diários na gestão do cemitério da freguesia, arruamentos e obras da Igreja Matriz.
   Com elevado interesse documental estes livros são de um valor insubstituível para se conhecer a história desta instituição e do próprio concelho. Não são, no entanto, os únicos. Outros livros e registos documentais soltos dão-nos também informações valiosas para quem queira estudar a história paroquial e a história das famílias e toponímia do século XIX em Ílhavo.
   É o caso dos livros de “Rol de Confessados da Paróquia de São Salvador de Ílhavo”, datados de um período de um século compreendido entre 1850/1952, listagem onde se registava anualmente todos os residentes na paróquia com idade superior a sete anos, distribuídos pelos fogos a que pertenciam e organizada por ruas e lugares. Era realizada pelo pároco por altura da Quaresma, com o objectivo de registar o cumprimento dos preceitos religiosos associados a este importante período do calendário religioso católico.

Quatro exemplares positivos da colecção
de negativos em vidro do fotógrafo Paulo Namorado

   Encontramos nestas listagens os nomes completos dos indivíduos casados ou viúvos e dos solteiros isolados ou cabeças de casal de cada família. Os dependentes solteiros são identificados apenas pelo seu nome próprio.
   Os membros da família são sempre apresentados hierarquicamente em relação ao indivíduo cabeça de casal. Trata-se de uma fonte privilegiada para a História da família já que nos permite alcançar com muito rigor a composição da unidade familiar e a sua localização espacial.

    Outro importante registo está presente na colecção de negativos fotográficos legados à Paróquia pelo Sr. Paulo Namorado, um dos primeiros fotógrafos ilhavenses.
   Esta colecção reúne um conjunto de imagens de 886 negativos fotográficos em vidro, agrupados em 40 caixas de cartão (239 negativos-10x15cm; 158 neg-9x12cm; 39 neg-6,5x9cm; 423 neg-4,5x6cm), que datam de um período compreendido entre 1928 e 1940. Resumem-se na sua maioria, a retratos individuais e de família, retratos de crianças e retratos de comunhão, rostos e trajes da população ilhavense do início do século passado, que se encontram agora inventariados e conservados.


1688 - “Biblia Sacra vulgatae edit(…)
Sixti V. Pontificis Maximi Jussu recognita, et
Clementis VIII autoritate edita: distintcta versiculis,
indicéque epiftolarum, & Evangeliorum auéta.
Lugduni. Cum privilegio regis.”, Oficina de Petri
Guillimin & Ant. Beaujollin

   O fundo de livro antigo é igualmente outra das preciosidades documentais de digno registo, contendo para o século XVII quatro livros impressos, um de 1668 – “Thesouro de Ceremonias” da oficina de Diogo Soares de Bulhões, de 1688 uma “Biblia Sacra” da oficina de Petri Guillimin & Ant. Beaujollin, de 1691 – “Inchiridion de Missas Solemnes e Votivas” por Mathias de Sousa Villalobos editado em Coimbra para cantochão e de 1695 – “Meditações das Domingas do Anno compostas pelo Pe. Bertolomeu do Quental”.

   A importância de termos acesso a arquivos bem documentados, vivos e acessíveis que permitam o estudo, a reflexão e a pesquisa com fundamento foi o ponto de partida para este nosso propósito.

   Desta forma, procura-se garantir o acesso a fontes primárias para investigação o que nos assegura que possamos aceder a documentos e factos fidedignos, que podem servir de base a pesquisas e investigações sobre o nosso concelho de Ílhavo e Freguesia de São Salvador.

Hugo Cálão
in jornal 'Família Paroquial', Out 2006

domingo, 16 de janeiro de 2011

A devoção ao Senhor Jesus dos Navegantes em Ílhavo

   Realiza-se anualmente a festa em devoção ao Senhor Jesus dos Navegantes. Esta é, talvez, a de maior tradição, e a que se mantém mais viva de entre as festas de Ílhavo, continuando a sair em procissão no primeiro fim-de-semana de Setembro.

   A imagem do Senhor Jesus, um Cristo crucificado, que, juntamente com a Virgem e São João Evangelista aos seus pés (imagens de vulto do século XVIII da oficina de Machado de Castro) representam a cena da Paixão de Cristo no Calvário, desce do altar para incorporar o andor, com a miniatura do lugre bacalhoeiro “O Navegante” do seu lado direito, dando mote ao que é a sua denominação popular: Senhor Jesus dos Navegantes.

   Ílhavo, terra de porto de mar, onde existem registos de pesca longínqua desde finais do séc. XVI, reza em devoção, lembrando seus marinheiros e embarcações naufragadas, vidas de esforço feitas de água salgada e peixe.
   A devoção ao Senhor Jesus remonta já ao séc. XVII, onde existiria na antiga Matriz de Ílhavo como confraria organizada. Nas Informações Paroquiais de 1721, acerca da descrição da Igreja Matriz de São Salvador e antes das obras de ampliação arquitectónica, o Pe. José Monteiro de Bastos descreve a capela do retábulo Senhor Jesus nas seguintes palavras:


Retábulo e andor do Senhor Jesus dos Navegantes
em dia festa, Hugo Cálão, 2007
 “...no corpo da mesma igreja ao lado esquerdo esta outra capella do povo com Confraria erigida, sustentada e fabricada dos freguezes com esmollas que tirão os mordomos e rendas de Legados que lhe forão deixados, e he do título desta Confraria e Capela do Senr. Jesus, aonde está uma imagem milagroza de Christo N. S. Crucificado, e outro com a cruz ás costas [Cristo dito Senhor dos Passos] , e com a imagem de São Francisco e outra de Santo António. Tem obrigação Ant.º Frêz. Facão da Ermida mandar cantar huma missa em dia de S. Franc.º e se diz missa todos os domg.º e dias s.tos por alma de Miguel Nunes o q. vinculou fazendas e q he administrador o Pe. Mel Nunes da Fonseca de Alqueidão, e mais 3 missas cada semana por alma de Izabel M.el mulher do d.º Miguel Nunes de Alqueidão de q he administradora Maria de Oliv.ª mulher de M.el de Souza Ribr.º m.or da Villa de Aveiro e tem os jazigos na dita capela.”

   A imagem do Senhor Jesus dos Navegantes, que se crê ser do séc. XVII, sempre esteve neste altar do lado sul. Em 1758, na mesma capela chamada do Senhor Jesus, a imagem é descrita com o mesmo Senhor dos Passos e com um Ecce Homo dito de Senhor da Cana Verde, passando a imagem de São Francisco, em barro vermelho policromado, para o altar onde existia o  sacrário, hoje o altar de Nossa Senhora do Rosário, transitando em 1780 para o retábulo principal da demolida Capela das Almas juntamente com uma imagem de Santo António. Mais tarde colocou-se uma imagem do Senhor Morto na base deste grande crucifixo, e adquiriram-se em 1950 e 1960 para a banqueta do retábulo as imagens de São José e Santa Filomena em madeira.

   Vemos, portanto, que já no ínicio do sèculo XVIII, e certamente durante todo o século XVII, a Confraria do Senhor Jesus possuía alguns fôros de propriedades e organização de mordomias, provavelmente com festa instituída. Uma das actas da Junta de Paróquia de 1893 refere que estas Confrarias já se encontravam extintas há mais de trinta anos tendo passado os seus bens para administração da referida Junta, assim como os encargos inerentes às festas. Existiria um tombo contendo todos este aforamentos, não só da extinta Confraria do Senhor Jesus, bem como da Confraria da Senhora do Rosário e de São Sebastião, descrito no inventário da Junta de Paróquia de 15 de Maio de 1911 (nº42) e uma lâmpada grande de prata do altar do Senhor Jesus (nº45). Desapareceram ambos, o tombo e a lâmpada, antes da década de 30 do inventário de 1941. Não existindo o original do tombo existe um traslado de bens e fôros da Confraria do Senhor Jesus datado de 14 de Novembro de 1810.

   A devoção pela imagem do Senhor Jesus crê-se que começou sem ligação marítima, continuando a invocação da imagem apenas como Senhor Jesus, até finais do século XIX, fazendo-se em Ílhavo a festa dos pescadores em devoção ao São Pedro Apostolo. As várias campanhas de pesca costeira da Costa Nova do Prado, depois da esmola recolhida por todos, faziam a sua procissão que se festejava no dia 29 de Junho.
   A imagem de São Pedro tinha lugar de honra num pequeno barquinho, onde figuravam imagens dos apóstolos, uns remando, outros a recolher redes, com a imagem de São salvador, o padroeiro da vila de Ílhavo, à proa abençoando o trabalho da faina. Desta antiga devoção, que terminou com a dissolução das antigas campanhas de costa pouco depois de 1840, restam hoje as pequenas figuras de oito dos apóstolos do antigo barco processional que saía por ocasião da festa de São Pedro, atualmente nas reservas do Museu Marítimo de Ílhavo.
   Com a abertura da barra de Aveiro, em 1808, e com o cultivo do pinhal das Gafanhas em 1812, por projecto do Eng. Luís Gomes de Carvalho, a construção dos estaleiros e organização de campanhas de longo curso deu início a uma nova devoção dos pescadores ilhavenses, transitando a grande resta religiosa que se celebrava ao São Pedro (das pequenas campanhas de costa), para a atual festa dos marítimos em honra do Senhor Jesus dos Navegantes (das grandes campanhas bacalhoeiras). Embora o primeiro registo no arquivo paroquial a esta nova festa exista numa acta da Junta de Paróquia, com data de 7 de Agosto de 1865, onde aparece como despesa obrigatória a “Festividade do Senhor Jesus e São Sebastião”, a imagem com a nova invocação marítima de Senhor Jesus dos Navegantes apenas aparece nesta terminologia descrita em ex-votos pintados de finais do século XIX e início do século XX.
   O incremento económico dos capitães nos prósperas campanhas de pesca de bacalhau  fez crescer a  devoção, e a fé ilhavense, revestiu-a com o melhor da sua arte, ofertando como ex-voto (pagamento de promessas e pedidos), inúmeros objetos de adorno do retábulo e da imagem.


in Cálão, Hugo, Madaíl, Isabel,
Senhor Jesus dos Navegantes - Mar e Devoção,  2007, pp. 11-12.
Ed. Paróquia de São Salvador de Ílhavo, nº depósito legal 262970/07

Paróquia e Freguesia de São Salvador de Ílhavo

No concelho de Ílhavo existem na actualidade quatro freguesias: São Salvador de Ílhavo, Gafanha da Nazaré, Gafanha da Encarnação e Gafanha do Carmo, correspondendo eclesiásticamente a seis Paróquias distintas: São Salvador de Ílhavo, Nossa Senhora da Gafanha da Nazaré, Nossa Senhora da Gafanha da Encarnação, Nossa Senhora da Saúde da praia da Costa Nova do Prado, Sagrada Família da praia da Barra e Nossa Senhora da Gafanha do Carmo.
Localização
A Freguesia e Paróquia de São Salvador de Ílhavo fica situada num dos braços da ria de Aveiro, a 14m de altitude, a sul da cidade de Aveiro.
Ao longo de séculos foi por excelência berço de marinheiros, entregues tanto à navegação mercantil como à pesca. Tem cerca de 16.760 mil habitantes

Actividades económicas: pesca, industria, cerâmica , agricultura (batata, limão e milho), turismo (praias da Costa Nova e Barra)

Artesanato: arte de nós marinheiros; cerâmica e porcelana pintada à mão, trabalhos em barro vermelho e bordados de rendas.

Património religioso:

da Paróquia de São Salvador de Ílhavo: a Igreja Matriz, Igreja de Nossa Senhora do Pranto, Igreja de Vale de Ílhavo, Igreja da Ermida, Igreja da Légua, Igreja dos Moitinhos, Igreja da Coutada; Igreja da Gafanha de Áquem, Igreja da Colónia Agrícola.

de privados: Igreja da Vista Alegre (monumento nacional) Gastronomia: caldeirada de enguias e à Fragateiro; chora de bacalhau, línguas e samos de bacalhau; arroz doce; folares e pão de Vale de Ílhavo

Feriado Municipal: 2ª feira depois da Páscoa

Elevação a cidade: 13 de Julho de 1999

Outros locais de interesse: Museu Marítimo de Ílhavo; Barco-museu Navio Santo André; Museu da Fábrica da Vista Alegre; Farol e forte da Barra; Palheiros praia da Costa Nova

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Conferências masculina e feminina de São Vicente de Paulo da Paróquia de São Salvador de Ílhavo

As Conferências de São Vicente de Paulo de Ílhavo ou Conferências Vicentinas também conhecida por, Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), é um movimento católico de leigos que se dedica, sob o lema da justiça e da caridade, à realização de iniciativas destinadas a aliviar o sofrimento do próximo, em particular dos social e economicamente mais desfavorecidos, mediante o trabalho coordenado de seus membros, e que se encontra ainda no activo na Paróquia de São Salvador de Ílhavo.
Como salvaguarda da sua memória e acção, o seu fundo documental, incoorporado no Arquivo da Paróquia de Ílhavo compreende o seguinte:


Inventário do Arquivo das Conferências masculina e feminina de São Vicente de Paulo da Paróquia de São Salvador de Ílhavo
(1932-1983)


Relatório das Conferência São Vicente
de Paulo de Ílhavo, 1943
SC: Constituição e Regulamentação

  SR: Estatutos e Compromissos

·  Lettre d’Agrégation a la Société de Saint-Vicent de Paul, 29 de Maio de 1933
 Termo de abertura: “ Paris, le 31 Mai 1933. Nous sommes chargés par le conseil général de vous annoncer qu’il a, dans sa séance de 29 Mai 11933 agrégé à la Société la conférence Saint-Sauveur, à Ílhavo.”

SC: Gestão Administrativa

  SR: Actas

·Actas de sessões, da receita e despesa, da Conferência aspirante de Santo António de Ílhavo, 1934-1937
 Inicia a 5 de Abril de 1934 e termina a 9 de Agosto de 1937. Inicia actas a 6 de Junho de 1935 e termina a 9 de Agosto de 1937.



·Actas da Conferência de São Salvador da Sociedade de São Vicente de Paulo de Ílhavo – Secção Masculina, 1931-1938
 Termo de abertura : “Servirá este livro para nele se escreverem as actas das sessões da Conferência masculina de São Vicente de Paulo, denominada de Conferência de São Salvador de Ílhavo. Ílhavo, 24 de Janeiro de 1931. O Assistente Eclesiástico: Basílio Jorge Ribeiro.”. Inicia a 27 de Novembro de 1932 e termina a 18 de Julho de 1938.

·Actas da Conferência de São Salvador da Sociedade de São Vicente de Paulo de Ílhavo – Secção Masculina, 1938-1948
 Termo de abertura : “Servirá este livro para nele se escreverem as actas das sessões da Conferência masculina de São Vicente de Paulo, denominada de Conferência de São Salvador de Ílhavo. Ílhavo, 25 de Junho de 1938. O Assistente Eclesiástico: Basílio Jorge Ribeiro.”. Inicia a 25 de Julho de 1938 e termina a 12 de Janeiro de 1948.

·Actas da Conferência Feminina de São Vicente de Paulo de Ílhavo, 1952-1959
 Termo de abertura : “Vai servir este livro para nela serem registadas as actas da Conferência de São Vicente de Paulo de Nossa Senhora de Fátima de Ílhavo. Ílhavo, 9 de Abril de 1952. O Pároco, Júlio Tavares Rebimbas.”. Tem 95 folhas assinadas e numeradas. Inicia actas a 9 de Abril de 1952 e termina a 26 de Março 1959.

·Actas da Conferência de São Vicente de Paulo de Ílhavo – Secção Masculina, 1956-1971
 Termo de abertura : “Vai servir este livro para nele serem registadas as Actas da Conferência de São Vicente de Paulo do Divino Salvador de Ílhavo. Ílhavo, 6 de Fevereiro de 1956.”. Tem 149 folhas numeradas e assinadas. Inicia actas a 7 de Fevereiro de 1956 e termina a 12 de Janeiro de 1971.

·Actas da Conferência do Divino Salvador da Sociedade de São Vicente de Paulo de Ílhavo, 1971-1983
 Inicia actas a 19 de Janeiro de 1971 e termina a 27 de Dezembro de 1983.

 
SC: Gestão Financeira

  SR: Receita e Despesa

 ·Receita e despesa ao Conselho da Sociedade de S. Vicente de Paulo (Masculina) da Conferencia de São Salvador de Ílhavo, 1932-1941
 Termo de abertura : “Servirá este livro para n’ele se escrever a receita das colectas dos subscritores, receitas diversas e auxilio do Conselho e as despesas dos vales pagos, socorros diversos, obras diversas e décimas ao Conselho da Sociedade de São Vicente de Paulo (Masculina) da Conferencia de S. Salvador d’Ílhavo. Ílhavo 27 de Novembro de 1932. O assistente Eclesiástico: Basílio Jorge Ribeiro”. Tem 100 folhas assinadas e numeradas. Inicia a 27 de Novembro de 1932 e termina a 31 de Maio de 1941.

·Registo de caixa dos subsídios do Estado às famílias numerosas pobres da Conferência de São Vicente de Paulo de Ílhavo, 1942-1943
 Termo de abertura : “Há-de servir este livro para nele se inscreverem as famílias numerosas pobres que por intermédio da Conferência de São Salvador de Ílhavo da Sociedade de São Vicente de Paulo, são subsidiadas pelo Estado (Ministério do Inetior), bem como a importância, data e aplicações do subsídio, e outras oportunas observações. Ílhavo, 10 de Abril de 1942. O Presidente Manuel Abreu Gomes.” Inicia a 10 de Abril de 1942 e termina em Janeiro de 1943.

·Receita e despesa da Conferência Feminina de São Vicente de Paulo de Ílhavo, 1953-1959
 Inicia em Abril de 1953 e termina em Dezembro de 1959.

·Receita e despesa, da Conferência de São Vivente de Paulo de Ílhavo, 1964-1968
 Inicia receita despesa em Junho de 1964 e termina em Junho de 1968.

·Receita e despesa, da Conferência de São Vivente de Paulo de Ílhavo, 1968-1972
 Inicia receita despesa em Julho de 1968 e termina em Julho de 1972.

·Receita e despesa, da Conferência de São Vivente de Paulo de Ílhavo, 1972-1977
 Inicia em Agosto de 1972 e termina em Abril de 1977.

·Receita e despesa, da Conferência de São Vivente de Paulo de Ílhavo, 1977-1983
 Inicia em Julho de 1977 e termina em Dezembro de 1983.

SC: Gestão da Informação e documentação

  SR: Correspondência recebida /expedida

·Registo de Ofícios e mais correspondência da Conferência Masculina de São Salvador de Ílhavo da Sociedade de São Vicente de Paulo, 1933-1946
 Inicia registo de correspondência a 7 de Março de 1933 e termina a 9 de Abril de 1946.


SC: Gestão de Pessoal

  SR: Registo de irmãos

·Registo sócios activos e famílias socorridas da Conferência Masculina de São Salvador de Ílhavo da Sociedade de São Vicente de Paulo, 1932-1947
 Termo de abertura : “Há-de servir este livro para nele se inscreverem os nomes das famílias benefíciadas pela Conferência de São Salvador de Ílhavo, da Sociedade de São Vicente de Paulo, bem como as importâncias em senhas e diversos artigos que lhes são distribuídas, e outras várias referências. Ílhavo, 1 de Janeiro de 1943. O Presidente José Cândido Ferreira Jorge.”. Inicia registo de sócios em 1932 e termina em 1947


SC: Gestão Patrimonial

  SR: Registo de Rouparia

·Registo de Roupeiro da Conferência de S. Vicente de Paulo de São Salvador de Ílhavo, 1932-1944
 Termo de abertura : “Contem este livro dezoito folhas que se destina a escrever os nomes das roupas e objectos tanto comprados como oferecidos e bem assim os nomes dos oferecentes e beneficiados. Ílhavo 27 de Novembro de 1932. O Assistente Eclesiástico: Basílio Jorge Ribeiro.”. Inicia em 1932 e termina em 1944.

·Registo de Roupeiro dos pobres da Conferência Feminina de São Vicente de Paulo de Ílhavo, 1956-1971
 Inicia em 1956 e termina em 1971.


Nota: O Arquivo das Conferências Vicentinas de São Salvador de Ílhavo apensa três pastas com documentação avulsa não identificada.

Hugo Cálão, 2005