sexta-feira, 6 de maio de 2022

Nota para a seca de bacalhau na Gafafanha


Lugre “Silvina”, frente à seca de bacalhau
"A Empresa de Navegação e Exploração de Pesca, Lda, com sede no Largo Luís Cipriano, em Aveiro, recebe propostas para a venda em conjunto de todos os seus navios, secadouro e demais artigos existentes e que são necessários a esta indústria. O seu secadouro, instalado em terrenos próprios, é um dos mais bem montados do país e está situado à beira da ria no lugar da Gafanha, e os navios são os seguintes: 'Silvina', para 3.500 quintais de bacalhau salgado; 'Ernani', para 4.500 quintais; e o 'Laura', para 5.000 quintais, estando este ultimo em reconstrução. Os interessados podem dirigir-se à sede da referida empresa que fornecerá todos os elementos que desejarem e bem assim os inventários do existente."
(in jornal O Ilhavense de 11 de Dezembro de 1927)

O lugre “Silvina”, registado em Aveiro, foi construído na Gafanha da Nazaré, em 1919, por Manuel Maria Bolais Mónica com o nome “Águia”, para a Companhia Aveirense de Navegação e Exploração de Pesca. Foi vendido, como mostra a notícia do jornal O Ilhavense de 11 de Dezembro de 1927 à empresa Agualuza & Batata, Lda., de Aveiro, juntamente com a seca de bacalhau e os lugres 'Ernani' e 'Laura'. De 1920 a 1926, foi comandado por João Nunes da Barbeira (Capitão Pisco, de alcunha) meu trisavô.