terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Património de fevereiro: São Brás (Centro de Religiosidade Marítima)

São Brás nasce na Arménia no final do século III. Não há muitos registos sobre sua vida, porém, na vida adulta, sabemos que Brás foi médico. Grande evangelizador, tratou doenças físicas e da alma, ficando conhecido por retirar um espinho da garganta de uma criança. Por esse motivo, é padroeiro das doenças da garganta. A sua festa litúrgica celebra-se anualmente na Igreja paroquial de Ílhavo no dia 3 de fevereiro, ou fim de semana próximo, sendo tradição oferecer aos fiéis rebuçados de São Braz e pagando os devotos as suas promessas em esmola ou ex-votos de cera em forma de garganta.

Encontrando-se Ílhavo numa zona caracterizada por uma grande produção de imagens em pedra calcária (desde a transição do Românico para o Gótico até ao Renascimento), o São Brás da Igreja de Ílhavo é uma imagem tardo-renascentista de início do século 17 e acompanha uma imagem de Santa Luzia de igual autoria, hoje expostas no Centro de Religiosidade Marítima.
A atual imagem ao culto de São Brás, em madeira, foi adquirida em 1955 por D. Júlio Tavares Rebimbas na Oficina Casa Fânzeres de Braga.
Os mareantes de Ílhavo, por devoção, batizaram sob a sua proteção o Hiate São Bráz, ativo em meados do século XIX (c.1856), comandada pelo mestre J. D. Magano.