Em 1872, a Bensaúde & Cia e, em 1885, a Mariano & Irmão, iniciam a pesca continuada ao bacalhau.
A estas se juntam mais empresas, à medida que a legislação torna a atividade mais atrativa.
Em 1913, já eram 38 os bacalhoeiros portugueses em laboração, mas a I Grande Guerra e a escassez de peixe determinaram nova interrupção, que só seria quebrada nos anos 30. Descobriram-se novos bancos de pescado na Gronelândia e compreendeu-se a importância social e política que o sector podia assumir. Assim, durante o Estado Novo, iniciou-se um grande programa de incremento da pesca do bacalhau, com navios capazes e melhor apetrechados. No final da década de 50 do século XX, Portugal assumia a liderança na cota de pesca com uma frota de “22 arrastões”, “22 navios de pesca à linha de aço, 17 navios de madeira e 17 lugres”, muito embora outras frotas europeias pescassem em embarcações com moderna metodologia técnica, o que revolucionou totalmente a pesca do bacalhau, colocando novamente Portugal em desvantagem tecnológica, e com um grande problema de investimento numa frota obsoleta. O Novos Mares foi o último bacalhoeiro de pesca à linha português. Regressou a Aveiro em agosto de 1974, sem terminar a campanha e com a tripulação em greve.
Como referência da memória da pesca do bacalhau em Portugal impõe-se uma visita ao Museu Marítimo de Ílhavo, lugar âncora do estudo, divulgação e proteção do património cultural desta grande epopeia nacional.