Somos conhecidos, como sendo da Terra da Lâmpada!
Na nossa Igreja Matriz havia uma valiosa lâmpada de prata que desapareceu nos princípios do séc. XIX, talvez levada pelo exército francês, que apenas deixou uma custódia de prata dourada, por estar devidamente resguardada.
Uma testemunha, nunca identificada, contou ou engendrou esta história, que ainda hoje faz pensar muita gente...
Em determinado domingo festivo, com a Igreja de Ílhavo repleta de povo e no meio da missa, entrou por uma porta lateral um homem bem parecido, mas desconhecido na vila. Dirigiu-se para a capela do Santíssimo, onde se encontrava suspensa a famosa lâmpada de prata lavrada. Ajoelhou-se, benzeu-se e ao levantar-se colocou num degrau um saco de linho que trazia. Olhou para a lâmpada e murmurou:
- Quem te há-de limpar por tão baixo preço!!! Que mau negócio que eu fui fazer!!!
Algumas pessoas presentes ouviram e segredaram entre si:
- É desta vez vez que vão limpar a lâmpada....
O homem, duma forma corajosa, disse:
- Pois se justei, está justo! Venha a lâmpada abaixo!
Retirou-a, vagarosamente, guardou-a no saco de linho que tinha trazido e...desapareceu!
Acabada a missa o povo debandou e o sacristão quis saber, pelo padre, qual o nome do artista que teria por missão limpar a famosa e valiosa lâmpada. Certo e sabido que o padre não se tinha apercebido desta tramóia, pelo que mandou tocar os sinos a rebate, na esperança de alguém ainda poder deter o esperto larápio, o que nunca chegou a acontecer. Chegou ainda uma notícia, pela voz de uma peixeira que estivera na Bairrada, dizendo ter visto na Gândara de Salgueiro, um homem desconhecido a caminhar apressadamente, levando às costas um saco cujo conteúdo chocalhava e tenia!
Os sinos tocaram três dias seguidos em sinal de luto, mas a lâmpada perdera-se para sempre...
Acabada a missa o povo debandou e o sacristão quis saber, pelo padre, qual o nome do artista que teria por missão limpar a famosa e valiosa lâmpada. Certo e sabido que o padre não se tinha apercebido desta tramóia, pelo que mandou tocar os sinos a rebate, na esperança de alguém ainda poder deter o esperto larápio, o que nunca chegou a acontecer. Chegou ainda uma notícia, pela voz de uma peixeira que estivera na Bairrada, dizendo ter visto na Gândara de Salgueiro, um homem desconhecido a caminhar apressadamente, levando às costas um saco cujo conteúdo chocalhava e tenia!
Os sinos tocaram três dias seguidos em sinal de luto, mas a lâmpada perdera-se para sempre...
A história foi reavivada por Dinis Gomes no inicio do século XX, provavelmente pelo furto em 1910 da lâmpada de prata existente na Capela do Senhor Jesus dos Navegantes.
Deste último furto muito se especula, pois muitas das Igrejas da região foram alvo de furtos, que se supõem ter sido perpetuado por dois receptadores a mando de colecionistas como o Comandante Ernesto Vilhena ou o médico Jerónimo de Lacerda, pai do colecionista Dr. Abel Lacerda.
Também se especula que terá sido vendida e que atualmente se encontra nas coleções do Museu de Filadélfia, USA.
Ílhavo perdeu, desta forma, as suas duas lâmpadas de prata. Restam cinco, mas de metal, na coleção da igreja matriz!